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sábado, 29 de janeiro de 2022

Mãe é presa por suspeita de ‘negociar’ estupros das filhas de 3 e 7 anos em troca de entorpecentes; mensagens registram crimes


Uma mãe de 27 anos foi presa por suspeita de “negociar” estupros das filhas desde que elas tinham 3 e 7 anos em troca de produtos ilícitos, nesta sexta-feira (28), em Trindade, na Região Metropolitana da capital. A Polícia Civil encontrou no celular da mulher várias conversas, inclusive, que indicam que ela já cometia atos libidinosos contra a caçula para "prepará-la" para os abusos. Atualmente, meninas têm 4 e 11 anos.

O homem que aparece na troca de mensagens foi identificado como Cleiber Alves Ferreira, de 53 anos, e também foi preso nesta manhã por suspeita de estuprar a filha mais velha da mulher e tentar negociar abusos contra a mais nova. A Polícia Civil informou ainda que encontrou vídeos íntimos do suspeito com a menina.

O Blog não conseguiu localizar a defesa dos suspeitos para que se posicionasse até a última atualização desta reportagem.

Troca de mensagens encontrada no celular da suspeita comprovaram a pratica criminosa, segundo a corporação. No diálogo abaixo, o suspeito tentava negociar a filha mais nova da mulher após ter entregue entorpecentes e dinheiro à mãe.

Suspeito: Foi o que consegui, blz [entorpecentes e dinheiro]. Manda as fotos da gatinha. Como você falou para ela? Sobre o que ela vai compensar para mim?

Mãe: Está ótimo, já me ajudou demais. Já já te mando as fotos dela.
Suspeito: Estava vendo os vídeos e acho que já posso ir direto. Ela aguenta.

De acordo com as investigações, a mãe das crianças também é suspeita de praticar atos libidinosos com a filha mais velha. Segundo a delegada Carla Borges, apensar do homem tentar negociar se relacionar intimamente com a filha caçula, os atos não chegaram a ser consumados.

“A menina mais velha disse à psicóloga que a mãe também praticava atos com ela e que, por isso, achava que fosse normal. O exame da menina mais velha confirmou os estupros. Já na mais nova, não houve essa confirmação”, disse a delegada.

Em outra conversa, o suspeito chega a questionar se a mãe também tem atração em uma das filhas.

A filha mais velha informou aos investigadores que os abusos aconteciam desde que ela tinha 7 anos. A polícia investiga ainda se a mãe oferecia as crianças para outros homens. Ela chegou a relatar à corporação que uma outra pessoa já havia tocado.

Crimes

De acordo com a delegada, os dois suspeitos se conheceram em um jogo de futebol há cerca de 4 anos e, em seguida, o homem chamou a mulher para trabalhar em sua chácara como faxineira. Desde então, os dois passaram a ter uma proximidade. A investigação apontou que, além os entorpecentes, Cleiber também fazia várias transferências bancárias à mulher.

Os dois foram presos preventivamente. A corporação informou que, durante o depoimento, o homem ficou em silêncio. Já a mulher, confessou os crimes relacionados ao homem, mas negou que ela também mantinha relações com a filha estando sóbria.

“Como ela é usuária, nós a questionamos se ela poderia ter abusado da filha mais velha enquanto estava sob efeitos dos entorpecentes e, por isso, não se lembrava, e ela respondeu que sim”, disse a delegada.

A polícia divulgou a foto dele, pois acredita que ele tenha feito outras vítimas. Os dois devem responder pelo crime de estupro de vulnerável, com pena de 8 a 15 anos de detenção.

Investigação

As investigações começaram em dezembro do ano passado, após a mãe das crianças ter sido presa em flagrante por suspeita de furto qualificado. Ao ser detida, os agentes entraram em contato com a mãe dela para que buscasse os pertences pessoais da filha.

A delegada explicou ainda que, quando a mãe da suspeita chegou à delegacia, foi entregue o celular da filha dela. A avó das crianças tinha a senha do aparelho, o acessou, descobriu as conversas e a denunciou.

“A avó estava bastante abalada com a situação. Foi comprovado que, de fato, ela não sabia dos abusos. Inclusive, a própria menina disse que não havia contado para avó”, explicou a delegada.

Após a prisão, as meninas foram entregues ao Conselho Tutelar, que deu a guarda temporária para a avó materna, já que ela denunciou o caso e não tinha envolvimento com a situação.

A delegada explicou ainda que a garota mais nova não tem pai registrado na certidão de nascimento. Já o pai da mais velha seria distante e ainda não foi identificado pela corporação.

Cleiber Alves já havia sido indiciado em agosto do ano passado pelo mesmo crime. De acordo com a delegada, ele era suspeito de ter abusado de uma menina de 15 anos, que era amiga da filha dele. No entanto, como não houve situação flagrancial à época, ele respondia ao processo em liberdade.

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