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sexta-feira, 27 de julho de 2018

Desempregados de Codó recorrem à bicos’ e à informalidade para sustentarem a família

Seu Adão Vieira da Silva ficou quatro anos fora do mercado de trabalho, arranjou um emprego com carteira assinada durante 10 meses e há 1 tenta uma nova vaga como ajudante de pedreiro, mas tá difícil revela ele.
Seu Adão está fazendo ‘bico’ pra sustentar a família

“To me virando de bico, aqui acolá acho uma diária, é assim, mas carteira assinada não…ME FALE COMO QUE É ENCONTRAR EMPREGO COM CARTEIRA ASSINADA EM CODÓ? É muito difícil porque logo serviço não tem mesmo, quando tem é muita gente correndo atrás, difícil demais com carteira assinada”

Ele não está sozinho, de acordo com dados do CAGED – Cadastro geral de empregos e desempregados – de janeiro do ano passado até junho deste ano 271 pessoas perderam seus empregos com carteira assinada em Codó. Isso em vários setores que movem a economia do município.

SEM PREVISÃO DE CONTRATAÇÕES

O comércio  é quem mais admite e, consequentemente, quem também mais demite por isso fomos ao centro ouvir os empresários. Encontramos uma certa unanimidade sobre a justificativa destas demissões que continuam bastante frequentes.

Rogilson Silva tem uma microempresa, vende confecções no centro comercial da cidade. Cortou em 50% o quadro de empregados e destacou que nem há previsão para novas contratações.
 “4 fiquei com 2 porque não tá tendo resultado a gente procura venda pra poder pagar o funcionário bem, né, e não tá acontecendo (…)  que possa melhorar o nosso país…POR ENQUANTO SEM PREVISÃO DE NOVAS CONTRATAÇÕES COM CARTEIRA ASSINADA? Sem previsão pra carteira assinada”, respondeu

A INFORMALIDADE QUE SALVA

E para onde estão indo os mais recentes desempregados? Alguns enfrentaram o impacto da má notícia e, assim como Valdinéia Silva da Silva, estão tocando a vida.
Valdinéia achou o caminho depois de 3 meses se lamentando

Ela perdeu o emprego de Auxiliar de Serviços Gerais da UPA/Codó no início deste ano  e foi para o comércio informal vender e consertar relógios na rua Afonso Pena.

Não se arrependeu.

“Desabou (o emocional), fui pra casa fiquei três meses triste sem saber o que ia fazer, mas graças a Deus, Deus me deu isso aqui (…) É assim  que tem fazer porque se for chorar vai fazer como? Né, levantar a cabeça e botar o barco pra frente, né não?”, disse com entusiasmo ao lado do filho que sustenta a partir deste novo trabalho

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