Desde que foi criado, o lixão de Codó serve tanto quanto causa problemas.
Atualmente o que mais vem incomodando é a
fumaça que não cessa durante o dia e que, no período da noite, como já
mostramos, vem adoecendo idosos e crianças, principalmente, como afirma
esta moradora do bairro Codó Novo, o mais atingido.
Lixão de Codó (26 07 2018) |
Ontem, 26, estivemos com os moradores novamente. Dona Maria Antonia Silva, voltou a reafirmar que nada mudou.
“Tá precária porque os meus filhos já
teve pneumonia, já teve internado 4 vezes, a menina e duas vezes o
menino e aí quando dá umas seis horas fica branco, branco só de fumaça
que ninguém enxerga nada…É A NOITE TODA DE SUFOCO? É a noite toda de
sufoco…NÃO MUDOU NADA? Não mudou nada”, garantiu
O Conselho Tutelar informou, noutras
ocasiões, que faz visitas regulares para combater a presença de menores
no local, mas ninguém consegue tirá-las do lixão até porque as famílias
dão apoio, outro grande problema da área.
Ontem crianças e adolescentes se esconderam com a chegada da reportagem.
Cerca de 54 famílias sobrevivem
do que conseguem catar do lixão e vender. É um local que proporciona
esta renda mas também é uma área sem qualquer proteção contra os
malefícios ambientais que uma local desta natureza este acarreta.
Apesar da pressão do governo federal
para que há o fim do lixão aqui em Codó não há o menor sinal de que,
finalmente, teremos o tão esperado aterro sanitário.
Que ele mais prejudica que ajuda as
famílias do entorno já não têm mais dúvidas e é por isso que só veem uma
solução lógica para o caso.
“Tá na hora de acabar com o lixão, todo
mundo sobrevive de lá, gente tem que caçar outro serviço gente, aquilo
dali mata a pessoa de fumaça e aquela nojeira que tem lá…O MUNICÍPIO TEM
QUE AGIR, TEM QUE TIRAR? Tem que agir, tem que tirar”, sustentou a
senhora Antonia da Silva Amorim.
O secretário municipal do Meio Ambiente,
Ivaldo José da Silva, informou que não há viabilidade financeira para
construir um aterro sanitário, mas a alternativa já está sendo
elaborada.
Voltou a garantir que o atual lixão
abrigará uma usina que transformará o resíduo sólido em energia
elétrica,parte dela será comprada pelo município com o objetivo de
diminuir os gastos com energia hoje na casa dos R$ 800.000,00/mês.
Só que até lá ainda existe um longo
caminho burocrátio que envolve elaboração de um relatório de viabilidade
técnica, duas audiências públicas para discutir o tema com a sociedade e
um processo licitatório complexo.
“Ou seja, terminado o relatório ele vai
ser colocado sob apreciação dos órgãos de controle – Ministério
Público, Ibama – e, principalmente, os nossos legisladores, ou seja, a
CÂMARA Municipal e a população de uma forma geral, depois adentramos o
processo licitatório (…) Na perspectiva de que até dezembro deste ano
nós tenhamos o relatório pronto e o início do processo licitatório, tá”
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