Na
petição, o PSDB reproduz trecho de reportagem publicada na última segunda-feira
(18) pelo jornal "Valor Econômico" na qual é relatado trecho de
declarações prestadas pelo ex-diretor da área internacional da Petrobras Nestor
Cerveró a investigadores da Operação Lava Jato antes de ele fechar o acordo de
delação premiada com a Procuradoria Geral da República.
No
trecho citado pela reportagem, Cerveró afirmou que uma negociação para
aquisição de US$ 300 milhões em blocos de petróleo na África, em 2005, teria
gerado propina de até R$ 50 milhões para o financiamento da campanha de
reeleição do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006.
O
pedido de cancelamento de registro do PT, feito pelo PSDB, se baseia no artigo
art. 17, inciso II da Constituição Federal, que proíbe os partidos políticos
brasileiros de receberem de entidades e governos estrangeiros recursos
financeiros.
“É a
necessidade de garantir a soberania nacional que impõe a não sujeição de
partidos políticos a entidades estrangeiras, inclusive por meio de cooptação
financeira”, diz o documento protocolado pelo PSDB.
Com
base nas informações do “Valor Econômico”, o partido de oposição afirma que “há
indícios concretos” de que o PT foi “beneficiado de recursos oriundos de uma
entidade estrangeira de titularidade do governo de Angola, através da campanha
presidencial de 2006”.
O
PSDB afirma que a legislação prevê aos partidos “responsabilidade solidária”
pelas campanhas de seus candidatos e que, por isso, caberia punição ao PT, por
meio do cancelamento do registro.
“Este
proceder do PT põe em cheque a soberania nacional, pois, na medida em que era
um representante desse partido que quem exercia e continuou a exercer o mandato
de presidente da República nos anos que se seguiram, já não se sabe quais os
interesse efetivamente foram atendidos pelo então chefe do Poder Executivo”,
diz Carlos Sampaio, na representação.
O Blog
procurou a assessoria de imprensa do PT, mas até a última atualização desta
reportagem não havia obtido resposta.
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