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Agentes da Força Nacional
estão, desde outubro, atuando
para ajudar a combater
violencia dna Penitenciária de Pedrinhas
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O
plano da presidente Dilma Rousseff de passar um pente-fino nos presídios
situados nas 12 cidades que receberão os jogos da Copa do Mundo para evitar
rebeliões com exposição de cenas impactantes de violência, conforme revelou o
jornal Correio Brasiliense na edição desta quinta-feira (16), esbarra na
lentidão das obras com selo do governo federal. Tais empreitadas são
necessárias para diminuir a superlotação carcerária, um dos principais motivos
de motins mo país. Levantamento dos convênios firmados entre o Departamento
Penitenciário Nacional (Depen), ligado ao Ministério da Justiça, e os estados
que sediarão o campeonato, mostra que, de 87 parcerias para obras e serviços
nas penitenciárias, só 12 estão em andamento. Isso equivale a 15% dos contratos
que somam R$ 1 bilhão.
A
consulta da reportagem levou em consideração dados de 2007, quando o governo
federal lançou um plano para a área carcerária, até 2013. Os projetos dos 12
estados que receberão o Mundial passaram pelo crivo do Executivo com a promessa
de criar 4.174 vagas, já que a superlotação provoca, ou agrava, os demais
problemas do sistema, tais como falta de acesso à saúde, à educação,
maus-tratos e tortura. A preocupação da presidente, entretanto, terá que levar
em conta os entraves dos processos de melhoria nas prisões brasileiras. Um
convênio assinado 2006 com o estado da Bahia, um dos principais destinos de
turistas durante a Copa, é um exemplo. Passados sete anos, só 1,14% da
construção de um centro de detenção em Bom Jesus da Lapa (BA) foi feita.
Problemas
nas obras levaram o projeto baiano a voltar para a análise do governo. A maior
parte dos convênios — muitos de cinco ou seis anos atrás — está ainda na fase
pré-licitação, sob análise do Ministério da Justiça ou da Caixa Econômica
Federal, ou em processo licitatório. O governo esclarece que o passo a passo de
contratação de uma obra não é simples, sendo necessário que o estado elabore o
projeto, depois que o Depen e a Caixa, na condição de mandatária da União, o
aprove, obedecendo à legislação pertinente. Só depois dessas etapas, o estado
dá início ao processo licitatório. O órgão acrescenta que a média de tempo para
a construção de uma unidade prisional é de três a cinco anos.

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