Um adolescente de 17 anos foi apreendido nesta quinta-feira (18) suspeito de envolvimento em pelo menos cinco homicídios, entre eles a morte do sargento da Polícia Militar do Piauí, Jurandir Oliveira, ocorrida em dezembro de 2024, na zona Sudeste de Teresina.
A apreensão foi realizada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), após o jovem se apresentar voluntariamente, acompanhado da mãe.
De acordo com o delegado Bruno Ursulino, responsável pela Delegacia de Homicídios da zona Sudeste, o adolescente confessou participação em todos os crimes atribuídos a ele durante as oitivas realizadas no DHPP.
“Todos os crimes nos quais estamos imputando a ele são crimes em que ele confessa o envolvimento. Em alguns, ele foi responsável por entregar o veículo usado pelo grupo armado, e na maioria das vezes ele estava à frente, efetuando os disparos que tiraram a vida das vítimas”, afirmou o delegado.
No caso específico da morte do sargento Jurandir Oliveira, o delegado explicou que o adolescente não foi o autor dos disparos, mas teve papel fundamental no crime.
“Nesse crime ele não foi o executor, mas participou do apoio logístico de toda a ação que levou o grupo até o local com a intenção de assaltar”, detalhou Bruno Ursulino.
O sargento Jurandir Oliveira, da PM-PI, morreu no dia 14 de dezembro de 2024, no Hospital de Urgência de Teresina (HUT), após ser baleado durante uma tentativa de assalto no bairro Alto da Ressurreição, zona Sudeste da capital.
Segundo a Polícia Civil, o adolescente iniciou a prática de homicídios em 2023, quando tinha 15 anos, mas já era investigado anteriormente por assaltos e roubos de veículos.
As investigações apontam que o jovem integra uma facção criminosa com atuação na zona Sudeste de Teresina, mantendo rivalidade com outros grupos. O delegado revelou ainda que o adolescente sofreu recentemente uma tentativa de homicídio, motivada por disputas entre facções e também por desavenças internas no próprio grupo criminoso.
O adolescente se apresentou voluntariamente por volta das 10h, após a mãe entrar em contato com o DHPP. Para o delegado, a atitude teve como objetivo a preservação da vida do jovem.
“É uma mãe em desespero, que sabe que o filho errou, mas prefere vê-lo recolhido cumprindo uma medida socioeducativa do que morto na rua. A vida dele estava em risco. Havia membros de facções rivais e até da própria facção procurando por ele”, concluiu.
O jovem foi encaminhado ao Complexo da Cidadania, onde passou por triagem para ser levado ao centro de internação, onde deverá esperar a Justiça decidir sobre o cumprimento de medidas socioeducativas.
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