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terça-feira, 19 de setembro de 2023

Jovem trabalhador foi morto a tiros na Vila Valian após dia de passeio: “Que a gente possa ver a Justiça prevalecer”, diz mãe

Roberth Petter Campos foi morto a tiros na região
do São Raimundo no dia 7 de setembro.
(Foto: Arquivo Pessoal)

SÃO LUÍS - “Por volta de meia-noite uma pessoa me liga me dizendo que meu filho havia sido assassinado”. Não era um pesadelo, era real. O filho de Joyce Campos, Roberth Petter Campos Leite, de 20 anos, foi morto a tiros. O crime aconteceu na noite do último dia 7 de setembro, na Vila Valian, região do São Raimundo, em São Luís, depois de um dia de passeio na cidade de Morros.

A família se diz revoltada e pede Justiça. “Até hoje, nós estamos esperando das autoridades alguma resposta e, pelo que nós entendemos, não tem nenhuma investigação. Que a gente possa ver a Justiça prevalecer”, afirmou a mãe Joyce Campos.

Karoline Aranha, de 23 anos, namorada de Roberth, passou o dia com ele em Morros. Ela relatou ao Blog que não estava no momento do crime. "Depois da viagem ele e os nossos amigos combinaram de assar o restante da carne em casa, no caso na casa da minha amiga onde ocorreu o acontecido. Só que eles tinham que deixar um outro amigo que não voltaria. Aí eles aproveitaram e cada um foi na sua casa banhar e trocar de roupa. E, eu na minha casa, banhei e acabei dormindo, esperando ele voltar”, contou. “Foi aí que ele chegou e eu não escutei. E ele foi pra casa da minha amiga me esperar lá, ou talvez ele achasse que eu já estivesse lá”, completou Karoline.

A jovem acordou com sua mãe informando a tragédia. Imediatamente, ela correu para a casa da amiga, onde todos marcaram o encontro. “Quando corri na casa, já encontrei ele morto na sala”, afirmou. “Estava ele e mais dois amigos nossos de homem na casa. Todos eles foram alvo e todos eles foram roubados. Depois de executar Petter, ainda tentaram matar o nosso amigo, mas a munição já tinha acabado”, relatou a namorada do rapaz.

A mãe de Roberth Petter soube do assassinato pela madrinha do filho, com quem ele morava. “[Os criminosos] rasgaram a roupa dele pra ver se ele tinha algum tipo de identificação, de tatuagem. Meu filho não tinha nenhuma tatuagem no corpo”, relatou Joyce sobre o que contaram a ela daquela noite.

Manifestação por Justiça em frente à sede da SHPP. (Foto: Divulgação)

Abalada e revoltada, a mãe, acompanhada de parentes e amigos inconformados com o crime, estiveram na porta da Superintendência de Homicídio e Proteção à Pessoa (SHPP), na capital, realizando uma manifestação para pedir celeridade no andamento das investigações. Em nota, a Polícia Civil do Maranhão (PC-MA) informou que o assassinato de Roberth Petter está sendo investigado e que “desde a data do ocorrido vem realizando diligências no intuito identificar as circunstâncias do caso”.

Roberth era motoboy e morava no Centro de São Luís. Namorava com Karoline há cerca de três meses. “Ele era um menino de sorriso fácil, não me recordo de ter visto ele triste alguma vez, sempre foi muito determinado com tudo, levava a vida de um jeito muito leve. Nós viajamos no dia do ocorrido, ele aproveitou muito nesse dia, banhou bastante e quase que não saia da água. Ele sempre foi de me falar que me amava, mas nesse dia ele me falou mais”, finalizou a jovem.

Parentes e amigos consternados durante o enterro de Roberth, que teve cortejo de colegas motoboys assim como ele. 
(Foto: Reprodução)

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