Gildo Inácio da Silva, mais conhecido como Bicudo, que é apontado como líder do grupo criminoso que explodiu um banco em Miguel Alves, a 109 km de Teresina, no dia 4 de outubro de 2020, foi condenado a 7 anos de prisão após uma operação do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco) do Piauí no estado da Paraíba. A decisão é do dia 29 de abril, do juiz Diego Garcia Oliveira, da Vara Única de Tapeorá da Paraíba.
Em outubro de 2020 uma organização criminosa armada com fuzis explodiu um banco e fez reféns para conter a ação da polícia em Miguel Alves. Foram usados explosivos e houve troca de tiros.
O Greco iniciou a investigação e conseguiu identificar o líder do grupo, Gildo Inácio, e o seu comparsa Wesley Bruno da Silva Oliveira Mendes, no município de Livramento, na Paraíba. Uma operação da Polícia do Piauí em conjunto com Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) da Polícia Civil Paraibana conseguiu prender eles no dia 29 de setembro de 2021, durante cumprimento de mandados de prisão pelo roubo em Miguel Alves. Na prisão foram localizados explosivos e armamento utilizado para assalto a bancos.
Foto: Divulgação/Polícia Civil
Devido a essa prisão e a apreensão de explosivos, em decisão do dia 29 de abril, o juiz Diego Garcia Oliveira, da Vara Única de Tapeorá, na Paraíba, condenou Gildo Inácio a 7 anos de prisão em regime fechado e Wesley Bruno a 3 anos.
Segundo o delegado Tales Gomes, coordenador do Greco, a prisão na Paraíba aconteceu após um trabalho de investigação que localizou materiais que seriam encaminhados para Gildo Inácio.
“É um investigado que tinha mandado de prisão em aberto por conta do roubo em Miguel Alves, e desde outubro de 2020 ele estava foragido. A partir da interceptação de um carro que veio de Pernambuco para Teresina, que veio transportando 71 emulsões explosivas e um fuzil com 10 carregadores, conseguimos provar que esse carregamento vinha para o Bicudo em Teresina e logo em seguida constatou-se que ele estava em Livramento na Paraíba. A equipe se dedicou, trocou informações com a polícia da Paraíba, fez a operação em conjunto conseguimos prender ele com explosivos e armas de grosso calibre já planejando cometer crimes lá”, disse o delegado.
Tales Gomes afirmou que Gildo Inácio é de alta periculosidade e responde a vários processos no Piauí, incluindo o roubo a banco em Luzilândia, em 2010.
“Ele tem processo em Valença, Luzilândia e em Miguel Alves. Em Valença foi apreendido um carregamento de explosivo, que era para ele para ser usado aqui esse material. A sentença deve sair daqui para junho. O caso de Miguel Alves a sentença está próxima também”, destacou Tales Gomes.
Julgamento
No julgamento, o juiz Diego Garcia afirmou que a Polícia Civil do Piauí apontou que Gildo e Wesley são integrantes de organização criminosa voltada a ataques a instituições financeiras, na modalidade “novo cangaço”, onde sitiam cidades com dezenas de criminosos fortemente armados e passam a aterrorizar moradores e, ainda, explodem os caixas eletrônicos.
Ele ainda pontuou que eles foram presos em posse de vários explosivos e ainda apresentaram documentos falsos, quando os policiais deram cumprimento aos mandados de prisão.
“Com base nos depoimentos e nos interrogatórios dos acusados, tem-se que os denunciados sabiam da existência dos explosivos apreendidos na residência/propriedade e não tinham autorização legal para a sua posse. Em conjunto, os depoimentos das testemunhas esclarecerem que os mencionados acusados foram presos no mesmo local onde os artefatos eram armazenados”, afirmou o juiz.
Gildo Inácio foi condenado a 7 anos de prisão e 35 dias-multa em regime fechado. Já Wesley foi condenado a 3 anos e seis meses de reclusão com 25 dias-multa.
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