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sábado, 6 de junho de 2020

SC: dois presos por fraude na compra de respiradores; pagamento foi antecipado

(Foto: Divulgação/Polícia Civil/SC)
Do Uol, em Porto Alegre
O ex-chefe da Casa Civil de Santa Catarina, Douglas Borba, foi preso na manhã de hoje na segunda fase da Operação O2, que investiga fraude na compra de 200 respiradores. O advogado Leandro Barros também foi preso. Além de Santa Catarina, a operação está sendo realizada também no Rio de Janeiro e em São Paulo.
A força-tarefa é composta pelo Ministério Público de Santa Catarina, pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e pela Polícia Civil. Os respiradores foram adquiridos em processo de dispensa de licitação por R$ 33 milhões de forma antecipada. Conforme o promotor Alexandre Graziotin, a empresa contratada sabia que não detinha dos produtos e não tinha condições de honrar com o contrato. “A valoração dos produtos que seriam adquiridos para tentar entregar entregar para Santa Catarina seria de um preço muito inferior, muito abaixo do que foi efetivamente pago pelo Estado”, salienta Graziotin.
Ao todo, quatro mandados de prisão foram cumpridos e outros dois ainda estão em andamento, já que as pessoas não foram localizadas.
Conforme o coordenador da força-tarefa, Maurício Medina, as prisões foram necessárias porque havia “indícios substanciais que os investigados vinham destruindo provas”, como conversas que poderiam comprovar os vínculos entre os investigados. Além disso, foi havia o risco de continuidade dos atos ilícitos, lesando os cofres públicos. “A prisão preventiva tem como objetivo impedir que o grupo continue atuando, que atrapalhem as investigações”, observou Medina. Também se quis impedir que os investigados “pulverizassem” os valores obtidos, dificultando a recuperação do dinheiro desviado.
De acordo com o delegado Rodrigo Schneider, R$ 11 milhões já foram sequestrados e agora estão em processo de recuperação para os cofres do Estado. Além disso, os investigados têm vários imóveis que foram bloqueados e que podem ser alienados, irem para leilão e o dinheiro ser devolvido para o Estado.
Para o coordenador da força-tarefa, a investigação aponta para um grupo organizado com objetivo de obter vantagem financeira.

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