Nós tivemos a oportunidade ontem, 05, de estarmos com alunos do Ensino Médio da minha escola Luzenir Matta Roma, onde estudamos nos anos de 1991 a 1993, aquele velho e gostoso curso médio-técnico em contabilidade. A convite dos professores Sebastião Rodrigues, ex-secretário de Educação do município de Codó, e Marcelo falamos durante 1 hora e meia sobre a minha trajetória de vida, desde o 22 de maio de 1976, quando dona Marlene Trindade me trouxe ao mundo em São Benedito dos Trindade (44 kms da sede), até hoje.
Acélio Trindade com professores e alunos do Matta Roma
Diante da missão que aquela instituição de ensino me deu, demonstrei aos jovens o quanto é necessário que suplantemos as adversidades da vida com foco e perseverança para mudarmos realidades que, muitas vezes, parecem imutáveis.
Levei duas fotografias. Uma da década de 1980 onde estão eu e minha mãe na frente de nossa casa com paredes de talo e cobertura de palha de babaçu e a outra onde eu e minha heroína aparecemos com um canudo na mão no dia da minha segunda graduação acadêmica, a de Bacharel em Direito. Os momentos difíceis, as perdas, as vitórias, tudo.
O silêncio me encantou, da mesma forma adorei cada gargalhada que os estudantes davam quando lembrava à eles do cuxá com piaba rabo de fogo que comemos até tudo melhorar por meio do que o estudo me proporcionou ( à mim e à próxima geração de minha casa – filhos e netos). Pedi ao final que dedicassem-se aos estudos, que não perdessem a oportunidade do ENEM, cujas inscrições começam dia 8 de maio.
Pedi que os aplausos finais fossem para dona Marlene Trindade, uma lavradora que, com uma atitude, pôde mostrar para centenas de pessoas que é possível mudar quando, realmente, desejamos isso no coração.
Obrigado aos alunos, obrigado pela meia hora de perguntas e respostas. Pela acolhida dos professores, pela gentileza dos alunos ao tirarem fotos ao nosso lado, pela alegria de poder contribuir com algo que pode não ter nada de grandioso, mas que é, deveras, importante, sobretudo, para duas pessoas no mundo – eu e minha mãe.
Obrigado Matta Roma, pelos ensinamentos e pela oportunidade.
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