Consumidores estão menos fiéis às marcas em geral. |
Uma
pesquisa feita pelo jornal O Globo em cinco supermercados do Rio de Janeiro,
entre os dias 23 e 28 de setembro, encontrou 34 produtos de marcas próprias das
redes, numa lista de 37 itens, com preços menores que os similares das marcas
líderes indicadas pela consultoria Kantar Worldpanel.
A maior
diferença foi observada no vidro de 500 gramas da maionese Hellmann’s, que
custava R$ 5,69 no Extra Maracanã, enquanto a embalagem com a mesma quantidade
da marca própria da rede saía por R$ 2,59, menos da metade do valor. Na Barra,
economia semelhante podia ser feita na compra do desengordurante de cozinha
500ml da marca própria do Carrefour, vendido a R$ 5,69, ou 53,7% menos que os
R$ 12,29 cobrados pelo desengordurante Veja.
Um estudo
da consultoria global Bain & Company indica que os consumidores estão menos
fiéis às marcas em geral. Para a firma, isso é reflexo da perda do poder de
compra, principalmente entre os consumidores da classe C. A Associação
Brasileira de Marcas Próprias (Abmapro) espera que este ano, as vendas do setor
cresçam 15% em relação a 2014, quando totalizaram R$ 10 bilhões.
Especialistas
em varejo ponderam, no entanto, que a entrada das marcas próprias na casa dos
brasileiros ainda esbarra numa questão cultural, a associação entre marcas
famosas e status. Segundo Jonathas Rosa, analista de mercado da Nielsen,
pesquisas da consultoria mostram que, as pessoas se sentem julgadas por aquilo
que compram.
A
principal razão de as marcas próprias serem mais baratas é exatamente não
investirem em propaganda. Em média, as marcas próprias têm preços entre 5% e
30% menores que as líderes das categorias:
As redes
varejistas não revelam suas projeções, mas esperam resultados positivos para
suas marcas este ano.
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