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sexta-feira, 13 de março de 2015

SAAE deve continuar com a ‘corda no pescoço’ se direção não mostrar competência administrativa

Depois de sofrer a derrota e ver seu percentual reduzido de 45% para 26% na Câmara, o que ainda revoltou a população de Codó, que viu seu salário mínimo este ano reajustado em apenas 8,8%, o SAAE deve continuar com a corda no pescoço se não tomar medidas de redução de gastos imediatamente.
Vereadores e representantes do SAAE
Vereadores e representantes do SAAE
Fizemos alguns cálculos baseado nos dados fornecidos pelo prefeito Zito Rolim à Câmara por meio do projeto de Lei nº 001/2015 que pedia o reajuste gigante.
O referido relata que a arrecadação hoje do SAAE gira em torno de R$ 637.000,00. Com o aporte financeiro que o reajuste de 26% injetará nas contas a partir de agora ele terá R$ 165.620,00 a mais.
Isso significa que seu novo faturamento será de R$ 802.620,00.
Parece bom, mas ainda é péssimo para o montante das despesas que o projeto apresentou.
Lá diz que as despesas hoje da autarquia são da ordem de R$ 788.000,00/mês. Fazendo uma continha simples de ‘diminuir’ (R$ 802.620,00 menos R$ 788.000,00) , logo chegamos ao denominador de que a forca vai continuar porque, mesmo com a nova grana que entrará pós-reajuste, a diferença, agora positiva e não mais vermelha, será de apenas R$ 14.620,00.
O QUE DÁ PRA FAZER COM A SOBRA?
Dá pra comprar com esta sobra ‘barrela’ (R$ 14.620,00) só canos, mas se queimar uma bomba, por exemplo, a sobra não paga, ou seja, adeus  promessa de ‘melhores serviços pra população’ e novos investimentos.
E agora, seu Paulinho?
Agora é fazer a sua parte como administrador – cortar as gordurinhas possíveis.
Quando a coisa está feia assim, geralmente se começa pela folha de pagamento que, no caso do Saae, que tem natureza de órgão público, ninguém, além de sua cúpula, sabe quantos empregados existem e quais suas reais funções.
Isso é essencial para sabermos quem, realmente, é necessário para o bom funcionamento da autarquia. Quem não for, pelo bem de algo maior que algumas necessidades pessoais, tem que ser exonerado do cargo.
Outros custos também são passíveis de serem revistos.
Há vídeos na internet que mostram o caminhão do SAAE fazendo ‘muda’ (transportando mudança de casas – eu mesmo fiz um uma vez um destes vídeos na Av. Santos Dumont). Há fotos dele carregando coisas que nada tem a ver com o trabalho da autarquia, inclusive nos fins de semana.
Este é um combustível que é gasto desnecessariamente, pode ser cortado. Além do mais carro que roda desnecessariamente corre mais risco de quebrar e isso gera gastos com peças.
Enfim, não sou administrador e muito menos ainda conheço a realidade interna do Serviço Autônomo de Água e Esgoto.
Mas sei o suficiente, como cidadão e jornalista que sou, que é hora de Paulinho mostrar a que veio. Começar a dizer não a qualquer interferência política, se houver e venha a causar dificuldades, na gestão da autarquia.
O consumidor já foi forçado a fazer sua parte (26% a mais em dinheiro vivo todo mês), agora só depende da gestão.

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