Centenas de presos exibiram facas e foices por cima dos pavilhões. Alguns tocaram fogo em roupas e colchões como forma de protesto contra a superlotação nas celas. Vários detentos também atiraram pedras e os policiais revidaram com balas de borracha. O Batalhão de Choque da Polícia Militar (PM) foi acionado para conter os reeducandos no Presídio Frei Damião de Bozzano, mas precisou recuar devido a concentração dos internos.
No Presídio Marcelo Francisco de Araújo, um grupo segurou uma faixa pedindo paz no complexo e ficou boa parte do tempo fora dos pavilhões. Eles passaram a maioria do tempo nos corredores da unidade como forma de protesto. Parentes de vários detentos permaneceram próximo ao portão, aflitos por notícias dos familiares. A principal preocupação era sobre a possibilidade de homicídios dentro do Complexo do Curado. Uma mulher, que preferiu não se identificar, conseguiu se comunicar com o filho de 19 anos, que está preso. O interno teria informado que a rebelião não iria acabar tão cedo.
A movimentação se acalmou no início da noite, mas vários policiais permaneceram nas guaritas e no lado de fora para observar qualquer sinal de confronto. As faixas de protesto contra a superlotação permaneciam penduradas nas grades. Os presos também demonstraram o descontentamento com o juiz Luiz Rocha, 1ª Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE). Vários moradores relataram sons de tiros durante a madrugada desta quarta (21). Imagens feitas por celular mostraram o momento dos disparos dentro das unidades.
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