Sobre a mesa do delegado foram expostos R$ 66,00 em notas pequenas, tablets, celulares e, para a Polícia Civil de Coroatá, a razão de toda a apreensão – pedras de crack. Resultado de mais uma apreensão na casa de traficantes reincidentes no bairro Vila Cilene, de onde vem a maioria dos casos da cidade.
“Chegamos lá fizemos uma vistoria na casa e logo foi localizada essa droga, até fotografamos, embutida na parede num buraco de tijolo de forma a disfarçar a sua aparência (…) acreditamos que tenha mais droga enterrada uma vez que o quintal (…) esses outros materiais que, possivelmente, são de usuários. Muitos que nós trazemos aqui na delegacia acabam dizendo que levaram celulares, trocaram a troco da droga”, explicou o delegado Samuel Morita
Os homens ainda são maioria, mas na regional cuja sede é Codó, Coroatá é a cidade onde mais mulheres se envolvem com o tráfico de drogas.
A prisão de mulheres que vendem drogas ocorre sempre dias ou meses após a prisão do marido ou companheiro. De acordo com o delegado da cidade, com o homem da casa sem poder manter a família, elas acabam assumindo o posto dele no tráfico no bairro, automaticamente, por uma questão de sobrevivência. Mas, assim como seus companheiros, também acabam na prisão.
No caso mais recente a Polícia Civil prendeu Dulcilene Medeiros Santos e Maria de Fátima Nascimento.
Foram autuadas em flagrante pelo crime de tráfico na mesma situação de outras detentas.
“É que quando os maridos são presos, elas continuam na venda dos entorpecentes como forma de até para fazer dinheiro para poder pagar os advogados, poder continuar a manutenção da família porque eles não trabalham”, disse Morita
Ainda não há relatos de filhos adolescentes que assumem a venda quando pai e mãe são presos. Geralmente, enquanto dura a prisão eles acabam morando com outros parentes.
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