Como era de se
esperar, o governo que ascendeu ao poder encontrou os cofres do Estado
praticamente vazios. E o jornalismo, em todas as suas versões, mais uma vez foi
utilizado para apregoar inverdades e criar ilusões. Repetiram tantas vezes que
Roseana Sarney deixava em caixa R$ 2 bilhões que até os mais céticos foram
levados a acreditar. O que ficou, na verdade, foi um cipoal de dívidas a serem
pagas pelo governador Flávio Dinoz
Dívidas mensais
obrigatórias, como o repasse de R$ 180 milhões da Previdência, R$ 160 milhões
de empréstimos consignados, uma parcela de R$ 139 milhões de um empréstimo de
1,5 bilhão feito junto ao Bank of Amarican e parcelas do empréstimo de R$ 4
bilhões feito junto ao BNDES são as heranças deixadas para o governo Flávio
Dino.
Parafraseando o
próprio governador, “os leões, mesmo depois da partida dos antigos domadores
para os States, continuam querendo se alimentar da carne do povo do Maranhão”.
Mas os
primeiros movimentos do governo já dão o tom da eficiência, da vontade de
acertar, a começar pelos cortes na farra marinha de lagostas, bacalhaus e
salmões. O governo chegou ao sexto dia, conforme informações do Jornal Pequeno,
assinando contratos de parceria com a Caixa Econômica Federal, nas áreas de
Habitação, IDH e Agricultura Familiar; ou seja, vinha trabalhando ainda no
período de transição. E são projetos que beneficiam os maranhenses mais pobres,
que, ao final de algum tempo, poderão abalar esse espectro de pobreza absoluta
e insegurança alimentar que atinge quase a metade da população maranhense.
Não fosse tão
deletéria a imagem do governo que se foi, pela presença quase diária nas
crônicas de corrupção e o envolvimento dos governantes com a Operação Lava
Jato, poder-se-ia esperar uma atitude diferente, de proteção ao povo e não essa
herança maldita que esperamos ver vencida pela competência e a determinação de
por fim, de uma vez por todas, ao modelo político que se extinguiu com a força
do voto popular.
E, para que São
Luís não se esqueça do quão caro pagou pela quase onipresença desse modelo,
governo do Estado e Prefeitura estabelecem as primeiras parcerias na área de
modalidade urbana da capital. Pode, agora, o povo sonhar com transporte público
de qualidade, pode esperar por intervenções que desafoguem o trânsito e nos é
particularmente alvissareiro ver, depois de tanto tempo e pela primeira vez, Governo
e Prefeitura trabalhando juntos por São Luís.
As dificuldades
criadas, as dívidas herdadas não serão maiores, porque não são invencíveis, que
as esperanças dos maranhenses depositadas nas urnas. As inverdades ditas e
noticiadas por um império de comunicação serão desmentidas naturalmente, quando
a educação for melhor, quando o IDH alcançar índices suportáveis, quando a
agricultura familiar reduzir a pobreza e quando o povo perceber que o dinheiro
do povo pertence somente ao povo e a ninguém em particular. (Editorial do JP)
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