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PROMOTORES SE REUNIRAM COM DETENTAS
DA PENITENCIÁRIA
FEMININA
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Os promotores de justiça Willer
Siqueira Gomes e Carlos Jorge Avelar, titulares da 31ª e 33ª Promotorias de
Justiça Criminal, respectivamente, que atuam na fiscalização de presídios,
inspecionaram, na manhã desta quarta-feira (15), a situação das detentas da
Penitenciária Feminina de São Luís. A vistoria é realizada mensalmente e atende
determinação do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP). A unidade faz
parte do Complexo Penitenciário de Pedrinhas.
A diretora da Penitenciária Feminina
alertou os promotores sobre o clima de instabilidade criado pelas declarações
do juiz da 2ª Vara de Execuções Penais, Carlos Roberto de Paula. Ele sugeriu a
transferência de presos do Presídio São Luís para a unidade feminina como forma
de reduzir a superlotação nas unidades masculinas. "Isso deixou as
detentas preocupadas e ansiosas", afirmou Verônica Ramalho.
Na avaliação do promotor Willer Siqueira,
essa medida é inviável e a liberação das mulheres não resolveria a situação
carcerária no estado. "Cria-se uma falsa expectativa que não pode e nem
será cumprida".
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DIRETORA DO PRESÍDIO REPASSOU
INFORMAÇÕES AO MPMA
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A opinião é compartilhada pelo
promotor de justiça Carlos Jorge Avelar. "O Ministério Público é
radicalmente contra a ideia de transferir os presos e ocupar a penitenciária
feminina. Não é possível resolver um problema criando outro maior ainda".
O titular da 33ª Promotoria de Justiça Criminal de São Luís também destacou que
a unidade foi criada, com recursos da União, para abrigar, especificamente, as
mulheres.
Os representantes do MPMA questionaram
a diretora da unidade, Verônica Florcely Ramalho, sobre o funcionamento do
presídio, o número de agentes, o atendimento médico, o acompanhamento das
grávidas e o número número de presas sentenciadas e provisórias. Atualmente,
existem 49 mulheres sentenciadas e 95 em regime provisório, aguardando
manifestação da Justiça.
Ao final da inspeção, os promotores se
reuniram com as detentas para explicar os procedimentos legais de progressão
dos regimes das penas. Eles anunciaram que vão analisar todos os processos das
sentenciadas a partir da próxima semana e pediram calma nesse momento de crise.
"Mantenham o bom comportamento. A progressão do regime para aquelas que
tiverem direito será garantida. O Ministério Público vai avaliar todos os
casos", afirmou Carlos Avelar.


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