Nesta semana, duas sessões do Tribunal do Júri da Comarca de Lago da Pedra foram realizadas nos dias de quarta (22) e quinta-feira (23) respectivamente.
Num dos julgamentos, o réu Daniel Lustroso da Silva, acusado de matar uma mulher a pedradas, foi condenado à 18 anos de prisão em regime fechado. A vítima foi Emília da Silva Novaes, morta em 13 de outubro de 2019.
O fato ocorreu em uma estrada vicinal que dá acesso ao Povoado Estrela, no município de Lagoa Grande. Conforme apurado pela polícia, Daniel estava ingerindo bebida alcoólica no Bar do Nem, quando teria avistado Emília saindo de casa e seguindo rumo à estrada vicinal. Logo depois, o denunciado teria pedido uma motocicleta emprestada e seguiu a mulher. Quando a alcançou, ele ofereceu carona para ela, pedido que foi aceito pela vítima.
No caminho, ele desviou o trajeto, adentrando em outra via, momento em que teria executado a mulher a pedradas. Foi apurado, ainda, que Daniel retornou para o bar e continuou a beber com os amigos, inclusive com o esposo da vítima que estava no bar.
Alguns dias depois, quando o corpo de Emília foi encontrado, Daniel fugiu da cidade, junto com a esposa. Ao retornar para prestar depoimento, ele teria confessado o crime à polícia, dizendo que a vítima queria ter um caso com ele, supostamente ameaçando destruir sua vida.
Durante um curto período, o esposo de Emília chegou a ser preso por engano.
Outro julgamento
No outro caso, João Douglas Lopes de Sousa foi condenado pelo crime de homicídio desqualificado para lesão corporal seguida de morte, passando à juíza a competência para julgar. Ele recebeu 5 anos de reclusão a ser cumprida inicialmente em regime semiaberto.
A vítima foi Manoel de Sousa Silva, morto a golpes de facão. O crime ocorreu em 8 de fevereiro de 2012. De acordo com testemunhas, Douglas teria tido uma discussão com um homem conhecido como Caçapa, irmão da vítima. Da mesma forma, afirmou que Caçapa só andava junto com a vítima e que, supostamente, teria ameaçado ‘pegar’ Douglas.
Quando se encontraram, em frente a uma oficina de motos, Manoel e Douglas travaram luta corporal, até que a vítima foi atingida por golpes de facão. Douglas e o irmão fugiram utilizando uma motocicleta. O réu e seu irmão contaram à polícia que se sentiam constantemente ameaçados por Manoel e Caçapa.
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