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domingo, 21 de junho de 2020

Médico suspeito de chefiar esquema de pirâmide financeira passa a usar tornozeleira eletrônica e está proibido de deixar São Luís MA

A Justiça do Maranhão proferiu decisão determinando a entrega do passaporte e uso de tornozeleira eletrônica pelo médico Abdon José Murad Junior, de 38 anos. Ele também está proibido de se ausentar de São Luís. Segundo as investigações da Delegacia Especializada de Defraudações e do 4⁰ DP do Vinhais, o médico encabeçaria suposta pirâmide financeira responsável por captar recursos milionários de terceiros sob o pretexto de investir no mercado de capitais.
A decisão, proferida pelo juiz Francisco Ferreira Lima, da Central de Inquéritos, na última quarta-feira (17), atende ao pedido da Polícia Civil, por intermédio da Superintendência de Polícia Civil da Capital (SPCC), no bojo do inquérito criminal que apura os crimes de estelionato e contra a economia popular.
A Polícia Federal e o Ministério Público Federal (MPF) também investigam o suposto esquema, que teria movimentado mais de R$ 300 milhões e prometia até 15% ao mês de lucro sobre o aporte financeiro. Como os casos correm em segredo de Justiça, os órgãos não repassaram estimativa de prejuízo, número de possíveis vítimas ou outros dados.
Além de megaempresários, a suposta fraude teria a participação de agiotas, promotores, juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça do Maranhão. A Corregedoria-Geral de Justiça (CGJ) também apura o caso, em relação aos magistrados de primeira instância, por meio de sindicância instaurada no final do ano passado.
Estima-se que o esquema possa ter movimentado cifras na ordem de centenas de milhões de reais, com capacidade para ser considerada uma das maiores pirâmides financeiras de que se tem conhecimento. As investigações continuam de forma a identificar o destino dos valores arrecadados pelo médico sob o pretexto de investimento no mercado financeiro.
A Polícia Civil ressalta que a medida cautelar deferida não constitui antecipação de culpa, posto tratar-se de fato complexo, sendo racionalmente necessário averiguar-se, de forma minuciosa, a real dimensão do envolvimento do médico investigado e de eventuais envolvidos.

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